Nesta edição, a Brazil Away fez um convite especial para Daniela Bogoricin, que gerencia times em mais de 8 países da Ásia para o Twitter, trazendo projetos com marcas que geram, conversam e impactam o mundo dos negócios e as vidas das pessoas. Ela nos fala como uma sua marca pode usar o Twitter para conectar-se com seu público.
“O Twitter não é uma rede social e sim um aplicativo de notícias.” Twitter: @danibogo
As pessoas no Twitter pautam o que está acontecendo no mundo. Expressão e emoção variam conforme o assunto, o humor, o lugar do globo em que estamos ou simplesmente a fase da lua; e o que cada um tuíta, seja pessoa física ou marca, representa as notícias que queremos destacar, conversar, botar para fora, discutir ou aprender mais sobre. Ao longo dos anos, fotos, vídeos, gifs, mensagens por voz e os caracteres permitem que um @ adicione seu próprio estilo e personalidade às suas conversas.
Diferente do que todos pensam, o Twitter não é uma rede social e sim um aplicativo de notícias. Esse ponto é fundamental para que as marcas consigam planejar sua comunicação na plataforma. O Twitter é (principalmente) uma plataforma em tempo real. O que você vê por padrão é principalmente o que as pessoas estão comentando agora. É por isso que é o lugar que as pessoas migram em tempos de informações de última hora, que compartilham mensagens em tempo real sobre política, esportes ou qualquer outro assunto. Se nas outras plataformas o comportamento é “olhe para mim” no Twitter é “olhe o que está acontecendo no mundo, na economia, na política, olhe os movimentos sociais”.
Trabalhar com marcas exige cada vez mais uma atenção apurada dos acontecimentos do mundo. Além dos consumidores estarem cada vez mais interessados no impacto social que as empresas geram, marcas ganham maior atenção das pessoas e criam campanhas culturalmente marcantes quando conseguem conectar-se de forma criativa com o que está acontecendo no mundo agora.
Segundo pesquisa em 2021, feita pelo Twitter em parceria com a Kantar, o significado de relevância cultural para marcas é estar alinhado a eventos culturais, ser engajado e ditar tendência de comportamento ou apoiar causas sociais que beneficiem a todos — e o reconhecimento desses fatores em marcas, influenciam a intenção e recomendação de compra.
Como podemos nos capacitar para construir marcas socialmente relevantes? Além de estarmos atentos ao que está em alta para as pessoas, precisamos olhar para essas conversas a partir de pontos de vista plurais. Sócrates dizia que o indivíduo tende a desenvolver um sistema de certezas para se sentir seguro social e individualmente, criando uma camada de opiniões que bloqueia a verdade de penetrar em sua alma. Trata-se de um processo mental natural. Ao precisarmos formar, rapidamente, uma opinião sobre um assunto, responder a uma pergunta durante uma reunião, decidir, dar um direcionamento estratégico ou criativo, analisar ou diagnosticar um problema, o que fazemos, cotidianamente, é julgar a questão com base no que somos, onde estamos, no conhecimento que temos e no que vivenciamos até então.
Segundo a neurocientista Claudia Feitosa-Santana (@cfeitosasantana), pós-doutora em Neurociência pela Universidade de Chicago, quando estamos no piloto automático, nosso cérebro efetua julgamentos a partir dos nossos vieses inconscientes — ou seja, nossas concepções da realidade, a partir do que nos contaram ou do que contamos a nós mesmos. Agimos a partir de condicionamentos, que definem a forma que interagimos conosco, com o mundo e com quem trabalhamos. Por conseguinte, também determinam as soluções que criamos.
Quando nossa rotina de trabalho permite o encontro entre pontos de vista diferentes, podem surgir ideias criativas e inovadoras mais coerentes com as distintas realidades de onde vivemos. Para isso acontecer, precisamos assumir compromissos práticos de negócio que vão além das ações de comunicação, construindo times que reflitam a diversidade de vivências, gerações, formações e identidades, reconhecendo e respeitando o valor do outro e a perspectiva única que ele traz para a mesa, na hora de construir marcas e negócios.
Abaixo 5 dicas de como construir uma marca socialmente relevante:
1. Fique por dentro
O Twitter conecta você e sua empresa com o que está acontecendo no mundo, diariamente. Aprenda as últimas tendências em tempo real e invista na escuta social.
2. Promova seus negócios
Aumente o reconhecimento da sua marca e aumente o seu negócio criando uma base de seguidores forte. Ao expandir sua mensagem no Twitter, você pode se conectar e se envolver com novos possíveis consumidores, fazer ‘networking’ com parceiros e identificar influenciadores.

Fotografia Twitter
3. Inicie uma conversa
As conversas prosperam no Twitter. Ouça seus seguidores e busque feedback informal, tuíte como se fosse uma pessoa.
Com a queda do Instagram, no dia 4 de outubro de 2021, o @ do NYTimes Cooking and Food montou uma threadcomo se estivesse no feed do Instagram, brincando com o fato que nada impediria eles postarem seu conteúdo. Só de ler os comentários a conta ganhou alguns simpatizantes.
4.Traga consciência para um movimento ou ponto de vista do mundo
5. Faça experiências com as ferramentas disponíveis da plataforma.
O Twitter é conhecido por ser audacioso, e isso não se limita apenas ao nosso público. Brinque com a voz e as mensagens de sua marca para ver se eles podem ser mais humanos e comunicativos.
“Doritos lançou seu novo sabor Wasabi no Brasil com uma comunicação 100% em japonês no Twitter, uma vez que não há palavra em português para descrever o novo sabor da marca”.
O Twitter colabora para criarmos um mundo e uma sociedade melhor, para ampliar o repertório das pessoas. Temos, entretanto, que lembrar que a tecnologia é amoral. Ela é uma arena pública. O Twitter é o que o ser humano faz dele. E as marcas têm um papel fundamental nessa transformação.
Daniela Bogoricin
Aos 22 anos, Dani Bogoricin começou sua carreira para transformar uma indústria desafiadora – seu trabalho era impulsionar “a digitalização da música” e isso envolvia de tudo, desde o combate à pirataria online até a manutenção de comunidades virtuais de fãs na segunda maior gravadora musical do Brasil.
Dani passou alguns anos na indústria da moda e design, seguida por algumas das agências de criação publicitária mais conhecidas no Brasil, onde demonstrou forte perspicácia criativa e a capacidade de promover mudanças para o bem da sociedade – incluindo lançamento de produtos da Nestlé e da Coca-Cola e diversas campanhas nacionais e internacionais.
O trabalho de Dani a tornou uma das estrategistas criativas mais procuradas do Brasil, então não foi surpresa que o Twitter a tenha convidado a embarcar em 2013 para se tornar sua primeira estrategista de marca para o país. Na época, uma das melhores campanhas de Dani foi o lançamento de um reality show para colocar uma comentarista mulher ao vivo – pela primeira vez – na final da Liga dos Campeões da UEFA, além de campanhas para Vivo, PepsiCo, Samsung, Itaú, Oi, TIM, Mondelez, AMBEV, Natura.
Com resultados tão impressionantes em seu currículo, o Twitter decidiu chamá-la novamente para expandir a equipe do Twitter Next na Ásia-Pacífico – o motor de crescimento de receita e público no Twitter. Hoje a Dani Bogoricin gerencia times em mais de 8 países na Ásia trazendo projetos com marcas que geram conversam e impactam o mundo dos negócios e as vidas das pessoas.